«Fui a outras terras com essas raparigas mas as terras mudam muito quando lá não param os corações. Mal chegamos onde queríamos, descobrimos de onde precisamos de fugir. (...)O mundo inteiro é muitas vezes muito pouco, para quem não anda à procura de nada.»MEC, AF
Olho sentado no meu banco, a baixa burguesia em que respiro ao vómito toma a compreensão o flanco viver é a corrida de que não se ouve o tiro. Calma modorra que oculta o caos que se anima debaixo carro casa plasma e colecção dos Pink Floyd pingo doce ao fim de semana um terço do vocabulário em workinglês camisas passadas fora das calças sapatos da moda que trouxeram as brasileiras tentam muito mostrar o tão casual que são e acho que sinto o horror deste verniz, só quando morre alguém, se divorcia alguém, sem emprego se vê, pensa esta gente no que é estar vivo. Eu, como bom espectador, tenho momentos de me banhar na água morna e vejo agora que mais que desejada a monotonia do burgo, é a fuga desesperada do medo. Como muito amor se dá, porque se tem medo de vivermos sozinhos sozinhas, só com memórias de fracassos.
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eugosto de letras Arquivo
Abril 2019
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