Pela correria que nestes Andes de sombra amainado pelas polainas do Sotavento, vou indagando aqui onde o meu coração entra no ocaso e na Aurora, pelo nome da Floresta que não chega a vir. Sorriso que de têmpora embala, no orgulho automático do esquecimento vou vogando na saudade de Outrora, a delicadeza de um concentrado fingimento. Pela rua de trenó desguarnecida Pela paz que copula com o silêncio Dou por ti tão só e vencida pela vida tão só de tão prudente. Bates no peito como investida, arrogante como só ele pudera, sou eu que de acordo como estás vestida te cheiro a vulva com sabor a Primavera. A noite suavemente cai, como gotas nebulosas de nevoeiro eu nas borbulhas do teu rosto me perdendo vou, adormecendo na pele lascada que torneia as unhas dos teus dedos. A Luz entra ginasta pelas janelas como presságio do dia que agora finda... no toucador oráculo ao asseio cosmético, cama tua local de copulação dormida e do meu patético. Teu rosto bonito, mas quanto queria não vê-lo Após o equinócio passa a razão de eu ali estar, como sopro de cotovia Vou nestes dias de deserto transitando entre a angústia e o desespero sem querer pensar no que faço, só para esquecer quem tanto quero e tanto perdi um dia. 21 Julho de 2008
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